quinta-feira, 11 de junho de 2015

Um dia qualquer

O relógio toca. São quatro da manhã. Tenho a sensação de que dormi apenas alguns minutos. Me levanto, troco de roupa, sigo para a cozinha para meu primeiro café da manhã. Pão com Nutella e RedBull para acordar. Termino de me arrumar e sigo para mais um dia de treino.


As quatro e trinta disparo o cronometro e as pernas ainda anestesiadas do treino realizado na noite anterior lentamente começam a se aquecer. As subidas se iniciam e rapidamente o coração já bate com força. Tudo está deserto e o silêncio na rua me faz cochilar em alguns trechos. Aos poucos o dia vai surgindo e o treino já está terminando. Quando muitos nem se levantaram da cama, já estou terminando a sessão matinal.
Volto para casa, tomo um segundo café da manhã reforçado, um banho rápido e me preparo novamente para sair para mais um dia de trabalho. Uma caminhada até o ponto de ônibus, um livro na mão para me distrair e suportar o trânsito caótico da cidade que agora já acordou.
Chego ao trabalho com muita disposição, fruto da corrida matinal. Mais um café da manhã. Em meio a relatórios, reuniões, conferências, mais reuniões, pesquisas e muitas planilhas, o dia segue. A cabeça vai cansando e o corpo descansando estático na cadeira. Parada para o almoço, bate-papo com os amigos e colegas de trabalho. A tarde passa rápido. Um lanchinho e aquele café expresso sem açúcar para manter o ritmo.
Ao final do expediente, hora de trocar de roupa e colocar novamente os aparatos para mais uma corrida. Ao invés de utilizar ônibus ou carro, aproveito esse tempo para mais um treino e também para esvaziar a cabeça repleta e números e cifras. Corrida nos passeios, parada nos semáforos e muitas subidas me levam de volta ao lar.
Chego casa, um lanchinho rápido, mais um banho e preparo novamente para sair. Hora de ir para a universidade lecionar e dar a minha contribuição para a formação de novos profissionais. Saio de casa ainda com a respiração ofegante. O corpo não se recuperou das últimas subidas e já estamos na rua novamente.
Chego na universidade, monto o computador, preparo tudo e começo a falar. Entre explicações, apresentações e rabiscos no quadro as horas se vão. Ao final, guardo tudo rapidamente, assino o ponto, tiro algumas dúvidas e retorno para casa.
Mais um lanchinho e agora é hora de dar atenção à esposa e a filhota. Saber como foi o dia delas, programar as atividades do final de semana e resolver os problemas do dia a dia. Finalmente me deito no sofá para assistir um pouco de televisão e relaxar depois de um longo dia.
Já na cama, aproveito para ler um pouco antes que os olhos se fechem e pisquem novamente às quatro horas da manhã quando o relógio tocar.

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